O Bradesco, por meio do seu ecossistema de inovação, o inovabra, mantém uma parceria estratégica com o Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (LARC) há mais de 10 anos. Recentemente, essa colaboração foi ampliada em conjunto com o Centro de Inovação da Universidade de São Paulo (InovaUSP), que agrega outros laboratórios da USP em diversas áreas de especialidade. A expansão tem como objetivo promover a pesquisa e o desenvolvimento em Computação Quântica, Inteligência Artificial (IA), e Cibersegurança. Ao todo, em 2024 estão sendo conduzidos quatro projetos, contando com a participação de cerca de 50 pesquisadores focados em compreender e resolver desafios de diferentes áreas do banco.
Na primeira iniciativa, a instituição financeira e a USP estão trabalhando em uma pesquisa sobre otimização de portfólios utilizando Computação Quântica. O plano é desenvolver métodos que maximizem o retorno e minimizem o risco de carteiras de investimentos. Esta ação representa um marco significativo, pois o Bradesco se torna o primeiro banco no país a estabelecer parceria com uma universidade para explorar possíveis soluções de problemas financeiros complexos utilizando Computação Quântica. “Estamos entusiasmados em continuar estudando o potencial dessa tecnologia para tratar desafios financeiros de maneira revolucionária. Acreditamos que essa cooperação levará a avanços significativos em um futuro não tão distante”, destaca Edilson Reis, CIO do Bradesco.
Já a segunda iniciativa trata do desenvolvimento de uma solução de IA Generativa para extrair, analisar e correlacionar automaticamente dados presentes em textos, gráficos e imagens de cartas de debêntures (títulos de crédito cedidos a empresas). Com base nesses dados e nos insights gerados a partir deles, espera-se que a IA Generativa desenvolvida seja capaz de produzir recomendações de atuação e, assim, aprimorar a capacidade dos gestores de fundos na tomada de decisões de forma mais rápida e precisa.
Também abordando o campo da IA Generativa, o terceiro projeto visa a evolução de assistentes conversacionais: o objetivo é torná-los capazes tanto de fornecer um serviço mais eficiente e especializado, como de propiciar interações mais fluidas e coesas. Para tanto, a investigação abordará a especialização dos assistentes conversacionais em domínios de conhecimento mais complexos e o aprimoramento de algumas de suas habilidades – como a desambiguação de informações e a integração de contextos de conversa.
Por fim, o quarto projeto aborda um assunto que é resultado da convergência entre dois outros temas: IA e Cibersegurança. O projeto é denominado “Adversarial Machine Learning”, ou “Aprendizado de Máquina Adversarial”, nome que faz referência a cenários em que o sistema utilizando IA fica sujeito à ação de adversários – i.e., atacantes ou, como mais popularmente conhecidos, hackers. Neste projeto, o objetivo é proteger de ataques cibernéticos os algoritmos de Aprendizado de Máquina, uma das subáreas mais importantes da IA atualmente, que engloba também a IA Generativa. Apesar de relativamente novo, esse tema tem adquirido importância no mundo todo à medida que algoritmos de IA são integrados nos mais variados sistemas de software. Dada essa convergência entre diferentes áreas de estudo, esse projeto de pesquisa foi construído com o apoio do InovaUSP para identificar parceiros dentro da USP capazes de suprir as necessidades de expertise. Assim, esse projeto de pesquisa será conduzido em colaboração entre o LARC, que possui expertise em cibersegurança, e o Centro de Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina, especializado em inteligência artificial. “Com este projeto, o Bradesco se posiciona como o primeiro banco brasileiro a investir em um campo de pesquisa ainda pouco explorado, mas tão importante para disponibilização de serviços de IA Generativa de forma segura”, comenta Edilson Reis.
“Essa é mais uma parceria com a USP que reflete o compromisso do Bradesco em explorar novas fronteiras da tecnologia e do conhecimento, com o objetivo de impulsionar a inovação, antecipar desafios, e oferecer soluções avançadas aos seus clientes”, acrescenta o CIO.
O executivo ainda reforça o caráter social da parceria com a USP, uma vez que visa preencher a lacuna na formação de profissionais especializados nos temas abordados nos projetos. “Isso incentiva a pesquisa na universidade, promovendo o avanço científico e tecnológico do Brasil, ao mesmo tempo em que identifica talentos que podem ser recrutados pelo Bradesco e pelo mercado”.