Por Fernanda Spinardi, líder de Gestão de Soluções para Clientes na AWS
A cada dia vemos a Inteligência Artificial (IA) ser incorporada em mais coisas que fazemos e em serviços que consumimos, seja no ambiente de trabalho ou fora dele. Já nos acostumamos a vê-la sendo utilizada no setor financeiro, no varejo e em outros setores que lidam com muitos dados, por exemplo. O chatbot do banco, as recomendações de compra no e-commerce e as ferramentas de busca e tradução na internet são alguns dos usos de IA mais comuns no dia a dia. No entanto, a IA impacta praticamente todos os setores e realiza tarefas impressionantes.
No Brasil, no ano passado, de acordo com o estudo da Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES), os investimentos em tecnologia ultrapassaram os US$ 50 bilhões de dólares, que seriam hoje o equivalente a quase R$ 300 bilhões de reais. Com esse valor seria possível construir mais de três canais da Mancha, uma das maiores obras de engenharia do mundo.
Você pode não ter se dado conta, mas a IA chegou ao esporte também. A tecnologia é aliada de diversas modalidades e equipes há décadas, e com a IA generativa não é diferente. Se hoje em dia está mais emocionante acompanhar as transmissões ao vivo de algumas modalidades, você pode agradecer à Inteligência Artificial.
A NFL (do inglês, National Football League) é uma das ligas que mais se beneficiam pelo uso dessa tecnologia. Durante o jogo de futebol americano, diversos sensores no campo, na bola e nas proteções dos jogadores colocam quantidades enormes de dados ao vivo nas mãos dos treinadores e médicos das equipes para prevenção de lesões e aumento do desempenho, bem como para oferecer uma melhor experiência aos fãs na transmissão dos jogos.
O uso da IA nos esportes extrapola a segurança dos atletas e a experiência dos fãs. Focado na melhoria de desempenho para as competições internacionais, o time de natação da Austrália (que é o esporte olímpico mais forte do país) se juntou à Amazon Web Services (AWS) para usar dados e machine learning (ML) e fornecer aos treinadores uma análise detalhada da performance de cada nadador, com o objetivo de fazer um planejamento individualizado de olho na competição. Não esperava que a IA estaria presente na natação também, não é?
Sabe quando você está assistindo a uma corrida de Fórmula 1 na televisão, e aparecem aqueles insights interessantes, como probabilidade de ultrapassagem, tempo de deterioração dos pneus, velocidade atual e etc.? Isso também é IA. Com o uso de IA/ML, pelo menos 20 informações orientadas por dados, como as situações citadas acima, são lançadas durante as transmissões ao vivo. Esses dados são obtidos por meio dos mais de 300 sensores presentes nos carros de Fórmula 1, que enviam 1,1 milhão de dados por segundo para a nuvem. É um número que nem parece real, concorda? Só a IA/ML permite essa operação.
Aos poucos, o esporte e outros setores do mercado estão descobrindo como utilizar a IA para obter vantagens competitivas, otimizar tempo e custos e ainda melhorar o desempenho, seja da empresa, dos atletas, da equipe, do carro ou mesmo do esporte como um todo.
Então, quando você estiver assistindo na TV as baterias de natação ou o ‘flag football’ (um irmão do futebol americano) durante os próximos campeonatos esportivos, aproveite para observar não apenas os atletas, mas a inteligência artificial e outras tecnologias em ação.