A Walt Disney Company anunciou a transição para uma nova plataforma de comunicação, após um incidente de segurança cibernética ocorrido em julho deste ano, que resultou no vazamento de mais de um terabyte de dados da empresa.
Segundo noticiado pela CNBC, o vazamento incluiu informações sensíveis como dados financeiros, códigos de software e detalhes de projetos não lançados, o que levou a Disney a acelerar a migração para “ferramentas de colaboração corporativa simplificadas”. De acordo com um memorando interno assinado pelo diretor financeiro da Disney, Hugh Johnston, a maioria das unidades de negócios da empresa deixará de utilizar o Slack até o final do próximo trimestre fiscal.
Essa movimentação ocorre em meio a um aumento global de violações de segurança, que pressiona empresas de grande porte a reverem suas estratégias de proteção de dados e comunicação interna. Johnston reforçou que a decisão de abandonar o Slack, ferramenta pertencente à Salesforce, foi tomada para garantir uma maior segurança e eficiência nas operações internas.
Embora o impacto do ataque hacker não tenha afetado de maneira significativa as operações financeiras da Disney, o episódio trouxe à tona discussões importantes sobre a segurança de plataformas colaborativas em empresas globais. “Nossa segurança é sólida como uma rocha”, afirmou Marc Benioff, CEO da Salesforce, durante o evento Dreamforce desta semana. Ele destacou que, além de fornecer soluções robustas, é essencial que as empresas também tomem medidas preventivas para evitar ataques, como phishing e engenharia social.
Apesar de deixar o Slack, a Disney continuará utilizando outros produtos da Salesforce, incluindo soluções para vendas, operações de call center e lojas físicas, reforçando que a mudança se aplica exclusivamente à comunicação interna entre seus colaboradores.
Ainda não está claro como os funcionários se comunicarão após deixarem o Slack e se a Disney migrará para outra plataforma empresarial, como o Microsoft Teams, ou seu próprio software interno. A transição marca um movimento estratégico da Disney, que visa fortalecer a integridade de seus sistemas enquanto continua a inovar em seus negócios. A troca de ferramentas internas reflete a necessidade crescente das empresas de grande porte em adaptar suas infraestruturas digitais para lidar com as ameaças cibernéticas emergentes.