Para 2024, a IA generativa permanece no topo da lista de tendências, é o que aponta a terceira edição do estudo ISG Provider Lens™ Google Cloud Partner Ecosystem de 2024 para o Brasil, desenvolvido e distribuído pela TGT ISG. Em parceria com o Google Cloud, os fornecedores estão investindo em programas de adoção de IA generativa, para ajudar os clientes a entenderem o potencial dessa tecnologia. Embora no Brasil a tecnologia já tenha avançado, Adriana Frantz, autora do estudo e distinguished analyst da TGT ISG, aponta que “o momento atual ainda é mais voltado para a experimentação e desenvolvimento de provas de conceito, mas é fundamental avançar para casos concretos que comprovem os benefícios reais da IA generativa e é esperado que a tecnologia ganhe mais tração, considerando seu potencial”.
Os casos de implementação e lançamento de produtos ainda são escassos e estão em fase inicial, aponta o relatório. Porém, somente a partir de casos mais concretos as empresas terão convicção dos benefícios reais da IA Generativa para aliviar a carga de trabalho, aumentar a produtividade e resolver problemas realmente complexos.
“Os fornecedores estão entusiasmados com os recursos inovadores que a GenAI pode oferecer aos clientes corporativos, por isso dedicam recursos significativos para ajudá-los a aplicar essa tecnologia por meio de iniciativas que ampliem o conhecimento e impulsionem a adoção dela”, afirma Adriana.
Nesse contexto, o relatório ressalta que, devido a explosão de GenAI, surge a necessidade de ter uma base de dados bem estruturada, com informações de boa qualidade que possam servir de suporte para modelos de IA e ML. “Em geral, os dados são incompletos, de baixa qualidade e estão isolados ou mesmo perdidos por toda a empresa. Por isso, observa-se o crescimento da demanda por serviços de modernização de dados, governança, segurança e serviços gerenciados focados em criar ambientes de dados confiáveis que garantam conformidade com diretrizes de privacidade e possam entregar resultados tangíveis”, aponta Adriana.
O relatório destaca que no Brasil o mercado de computação em nuvem continua a crescer de forma acelerada. A demanda aquecida se reflete no crescimento do ecossistema de Google Cloud no país, assim como no volume crescente de especializações e expertises que os fornecedores estão conquistando. O estudo TGT ISG ainda aponta que os gastos mundiais em serviços de nuvem pública continuarão a crescer em 2024, com o Brasil acompanhando essa tendência de forma robusta.
“A adoção da nuvem é vista como uma necessidade pelas empresas para manter a competitividade nos negócios”, afirma Adriana Frantz, autora do estudo e distinguished analyst da TGT ISG.
Entretanto, o estudo também revela que especializações mais avançadas, como DevOps, machine learning, SAP e segurança, ainda são raras entre as empresas brasileiras, mas que destacam uma oportunidade significativa de diferenciação no mercado. “Essas especializações exigem profissionais com certificações mais avançadas e casos de uso comprovados, o que ainda é um desafio para o mercado local”, observa Adriana.
O estudo indica, pelo terceiro ano consecutivo, um predomínio de empresas locais entre os fornecedores líderes. Embora as empresas globais em geral tenham um portfólio bastante completo, com soluções de ponta a ponta, elas ainda não apresentam o mesmo número de histórias de sucesso de clientes brasileiros. É possível que isso esteja começando a mudar e o mercado brasileiro se torne mais atrativo, considerando que neste ano os fornecedores relataram projetos maiores de Google Cloud em empresas privadas de grande porte, além do crescimento de iniciativas no setor público.
A edição do estudo deste ano reforça algumas tendências que já haviam sido apontadas nas edições anteriores. Dentre elas, a adoção de estratégias multinuvem, principalmente entre grandes corporações. “Essa abordagem permite que as organizações distribuam suas cargas de trabalho entre diferentes fornecedores, aumentando a escalabilidade e flexibilidade de suas operações. No entanto, para as empresas de médio porte, a complexidade e os custos associados à implementação de ambientes multinuvem podem ser barreiras significativas”, comenta a autora do estudo.
O relatório também destaca a importância do FinOps na gestão de custos em nuvem pública, uma preocupação crescente para as empresas brasileiras. “A abordagem FinOps é essencial para ajudar as empresas a maximizarem o valor de seus investimentos em nuvem pública, otimizando os custos e evitando picos inesperados”, explica Adriana.
Além disso, a modernização de aplicativos em nuvem está ganhando impulso, com as empresas cada vez mais preparadas para revisar seus sistemas legados e adotar novas tecnologias, como IA e soluções avançadas de conteinerização do Google Cloud. De acordo com o relatório, os fornecedores têm respondido a essa demanda oferecendo uma variedade de serviços projetados para aumentar a eficiência e a agilidade das operações empresariais.
“Esses serviços são projetados para liberar as empresas dos custos associados a aplicativos legados, aumentar a produtividade dos desenvolvedores e, de forma geral, usufruir da flexibilidade e funcionalidade nativa da infraestrutura do Google Cloud”, explica a pesquisadora da TGT ISG.
O estudo ressalta ainda a crescente popularidade das soluções de nuvem desenvolvidas para setores específicos, como saúde, finanças e varejo. “Com o amadurecimento do mercado de nuvem, mais casos de sucesso são produzidos, e isso possibilita aos fornecedores começarem a oferecer recursos personalizados, integrando a infraestrutura robusta e as tecnologias avançadas do Google Cloud com conhecimentos específicos do setor”, destaca Adriana.
O relatório ISG Provider Lens Google™ Google Cloud Partner Ecosystem 2024 para o Brasil avalia as capacidades de 27 fornecedores em cinco quadrantes: Implementation and Integration Services, Data Analytics and Machine Learning, Managed Services, SAP Workloads e Workspace Services.
O relatório nomeia a Accenture como Líder em todos os cinco quadrantes, enquanto a SantoDigital e a Sauter Digital são nomeadas como Líderes em quatro quadrantes cada. BRQ e IPNET são nomeadas como Líderes em três quadrantes cada, enquanto Atos, Engineering, Movti, Qi Network e TIVIT são nomeadas como Líderes em dois quadrantes cada. Avenue Code, Capgemini, Gentrop, HVAR e V8.Tech são nomeadas como Líderes em um quadrante cada.
Além disso, Atos, Avenue Code, Movti, Multiedro e TIVIT são apontadas como Rising Stars — empresas com “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG — em um quadrante cada.