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Universitários são premiados por desenvolver plataforma que usa IA para reduzir evasão escolar no ensino superior 

Universitários são premiados por desenvolver plataforma que usa IA para reduzir evasão escolar no ensino superior 
Imagem: Divulgação

A evasão escolar no ensino superior é um problema preocupante no Brasil. De acordo com dados do Mapa do Ensino Superior, divulgado pelo Semesp, em 2024, 57,2% dos estudantes não concluíram a graduação no país no ciclo de 2018 a 2022. Ao considerar apenas as instituições privadas, que representam 88% das mais de 2.500 existentes no país, esse índice sobe para 60,8%. Foi com o objetivo de mudar esse cenário que um grupo de universitários decidiu desenvolver uma plataforma que usa inteligência artificial e machine learning para personalizar o estudo e facilitar o planejamento de aula dos docentes.

O projeto foi desenvolvido pela equipe IEDA – Inteligência Educacional Adaptativa, vencedora do HackLab FNESP, uma maratona empreendedora na qual 35 alunos de 26 instituições de ensino superior de diferentes regiões do país tiveram a oportunidade de desenvolver soluções inovadoras para problemas reais propostos pelo Semesp. A plataforma foi projetada para ajudar professores e estudantes com uma abordagem personalizada e adaptada às necessidades do perfil de cada turma e indivíduo.

Equipe dos estudantes premiados

Vitor Hugo Estefano Barbosa, estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas no Centro Universitário Facens, em Sorocaba (SP), faz parte da equipe vencedora que também incluiu alunos dos cursos de Direito, Sistemas da informação, Pedagogia e Engenharia da Computação de diferentes universidades. “Na plataforma, os estudantes poderão traçar seu próprio perfil, identificando dificuldades e necessidades de aprendizagem por meio de um questionário; enquanto os professores têm acesso a um painel que oferecerá relatórios com estratégias pedagógicas personalizadas, sugerindo abordagens específicas para cada turma. A plataforma também proporciona aos alunos sugestões de estudo para além das aulas, com artigos, vídeos e leituras que permitem dar continuidade ao aprendizado de forma mais eficiente”, explica.

Ao vencer a competição, a equipe recebeu um prêmio de R$ 10 mil e decidiu dar continuidade ao projeto. “Já estamos dando os primeiros passos para o desenvolvimento, levantando os requisitos do sistema, como os dados necessários para banco de dados e afins. Também estamos nos preparando para aplicar questionários a coordenadores de faculdades e escolas para entender melhor quais são os desafios deles na hora de planejar as estratégias pedagógicas e, com isso, estabelecermos os parâmetros para a Ieda”, explica o universitário.

A equipe pretende lançar o protótipo da plataforma ainda no primeiro semestre de 2025, com a previsão de que o produto esteja disponível no mercado em um ou dois anos.


Incentivo ao empreendedorismo
O FACE, Centro de Empreendedorismo do Centro Universitário Facens, contribuiu diretamente para o desenvolvimento de Vitor Hugo. De acordo com Natália Marangão, coordenadora do espaço, “na Instituição, temos foco no desenvolvimento de atitudes empreendedoras em diferentes frentes de atuação, seja junto à disciplinas acadêmicas, como também em programas de ideação e aceleração de projetos em nossos Centros de Inovação. O Vitor é nosso estagiário, então se envolve muito com a temática, mas também recebeu orientação e acompanhamento desde o início da graduação, incentivamos à participação e estamos muito orgulhosos de seus resultados”, comenta.

O estudante conta que se sentiu preparado e que a experiência com o tema ajudou muito. “Foi muito cansativo participar do HackLab, mas foi muito bom, uma experiência incrível. Tudo que aprendi no FACE me ajudou a desenvolver o projeto, especialmente toda a parte estratégica, desde a criação e quais perguntas-chave responder para encontrar a solução. Fomos a primeira turma a terminar e testar o protótipo, por isso, conseguimos aplicar uma experiência com os diretores de universidades que estavam lá. Tivemos muitos feedbacks positivos e sugestões para aplicar no desenvolvimento que vai continuar agora. Nosso plano é fazer acontecer”, conclui.

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